Com a chegada da Primavera, as autarquias iniciam a aplicação de pesticidas em áreas públicas.
No entanto, isto leva à poluição do ambiente e da água com esses produtos, à destruição de espécies importantes para os ecossistemas (por exemplo, as
abelhas) e pode originar intoxicações em pessoas e
animais que brinquem ou passeiem nos parques tratados!
Seja uma voz activa na sua comunidade e alerte todos para este perigo. Juntem-se e dirijam-se às juntas de freguesia e autarquias, exigindo que se acabe com o "
Verde contaminado" das cidades!
Para que todos possam usufruir dos espaços verdes urbanos em segurança.
Anexo fica, a título de exemplo, uma carta enviada por uma cidadã preocupada ao presidente da junta de freguesia da sua área de residência:
"
4 de Abril de 2010
Refª.: Aplicação do herbicida „Spasor“ nas bermas da fregusia
Caro Sr. Presidente da Junta de freguesia,
recebi a sua carta de 15/6/2010 em resposta à minha primeira carta, que
desde já agradeço. Em especial aprecio a clareza e a informação detalhada sobre
o herbicida usado contra a vegetação, que cresce nas bermas. A clareza e a
transparência são qualidades muito positivas na política de hoje.
No entanto, lamento ter que discordar da utlização do herbicida. Tenho
conhecimento que dezenas e talvez centenas de freguesias por esse país fora,
utilizam herbicida. Essa situação é deveras preocupante, porque não está de
forma alguma garantida a inocuidade desse herbicida.
É vendido apenas com uma autorização provisória (autorização de venda
provisória nº 0044, válida até 2016, emitida pela Direcção Geral de Protecção
das Culturas). Isto indica que o produto está ainda numa fase de experiência e
que ainda é desconhecido o seu verdadeiro impacto ambiental. Portugal poderá
estar a ser uma „cobaia“.
É a própria empresa que comercializa o herbicida, a Manuquímica, que
emitiu o Certificado de Compatibilidade Ambiental. Isso é preocupante. Terá o
herbicida sido devidamente analizado e testado sobre a sua verdadeira
toxicidade por algum instituto português independente? Tudo indica que não. Que
resíduos tóxicos permanecem no solo e na água sem se degradarem e por quanto
tempo?
O herbicida „Spasor“ é produzido pela Monsanto Company, o que constitui
um novo factor muitíssimo preocupante. A Monsanto é tristemente conhecida por
propagar e vender 90% sementes OGM (organismos geneticamente modificados)
Também foi a Monsanto que desenvolveu tóxicos catastróficos como o „agent
orange“.
O herbicida poderá estar a poluir milhões de metros cúbicos de água,
que entrarão nos lençois friáticos e nas reservas de água potável e de consumo.
Que água iremos beber daqui a alguns anos? Será a Monsanto, que nos vai vender
água potável?
A ficha técnica menciona sob a alínea, Riscos e Precauções: „ Manter
fora do alcance das crianças; não comer nem beber durante a aplicação; não
respirar os vapores; em caso de ingestão consultar imediatamente o médico e
mostrar-lhe a embalagem ou o rótulo.“ Isso significa que após aplicação, crianças,
adultos e animais domésticos se devem afastar das bermas das ruas, pois as
mesmas são tóxicas.
Gostaria de mencionar ainda que, as plantas que crescem nas bermas não
são infestantes, mas sim plantas que crescem ali naturalmente, não são pragas
nem parasitas.
Recordo também que a aplicação de herbicida não é a mais económica,
pois exige mais mão-de-obra, que a máquina de cortar ervas, que é a alternativa
ao herbicida. A freguesia e o município já adquiriram estas máquinas, que estão
paradas.
POR FAVOR NÃO MATE AS FLORES, QUE ESTÃO A CRESCER, NÃO DESTRUA O VERDE,
TRANSFORMANDO AS BERMAS NO NEGRO DA MORTE.
POR FAVOR PENSE NOS NOSSOS FILHOS, NETOS E NAS GERAÇÕES QUE ESTÃO PARA
VIR. AJUDE A CRIAR UM FUTURO BOM PARA ELES.
CONTRIBUA PARA QUE AQUELES QUE HOJE SÃO CRIANÇAS O RECORDEM COMO O
PRESIDENTE DA JUNTA QUE PROTEGEU A NATUREZA.
Por favor não deite herbicida à porta de minha casa, porque este mata
também plantas dentro do meu jardim e provoca a erosão do declive habitado por
trevos.
São estes os meus pedidos.
Com muitos cumprimentos subscrevo-me"